SONHO DESFEITO

UM SONHO DESFEITO...

A PROCURA

Existe ainda muito chão para caminhar...
Não sei quanto meus pés vão aguentar
Coração bate forte, a cada escorregão
Medo, medo de escuridão.
Precisando de um tempo 
Tempo de solidão
Para acalmar meu coração
E descansar meus pés
Que nesta longa caminhada
Não deixaram marcas
Não consigo voltar...
Voltar no tempo, não dá
Farei valer a pena
Sonharei com asas e ...
Voarei longe 
Procuro...
Acharei
A
M
O
R...?

CHUMBO TROCADO

Veja como as coisas são

Aquele enorme desejo

Aquela sensação de vazio

Era  ilusão do coração

Antes eu sentia tua falta

Chorava por não ter noticias suas

Fazia poesia e dançava valsa

Ao redor do sol ou no brilho da lua

Era uma vontade tão grande

Um desejo incontido

Se eu não lesse algo teu

Achava que estava tudo perdido...

Sofri tanto com tua ausência

Achava que você não me amava

Aquilo era muito triste

Pensamentos ruins me torturava

Até que o tempo passou

O amor que eu sentia, mudou

Acho que de tanto você se ausentar

Acabei por me acostumar

Hoje, se você se comunica

Eu fico feliz, mas não da mesma maneira

Talvez acostumei a te querer

Do mesmo jeito que você me queira...

A DÚVIDA

Surgiu uma dúvida.
Será que eu escrevo coisas boas ou apenas revelo através das letras o que sinto?
Enfim...até hoje ainda não sei...
Aos 8 anos de idade ganhei meu primeiro prêmio pela melhor redação do Ensino Primário entre os alunos da prefeitura da cidade de São Paulo.
Os livros sempre estiveram comigo e quando eu não os tinha por perto, lia lista telefônica, bula de remédios, etc.
Adorava procurar palavras diferentes no dicionário.
Quando percebi que eu precisava deixar transparecer o que se passava em minha mente,em meu coração,  resolvi escrever.
O tempo passou e hoje ainda não sei se eu uso as letras para me aliviar ou se elas aparecem em minha frente apenas para me satisfazer.
Enfim, seja lá qual for a resposta, eu apenas digo que adoro escrever, apesar de ultimamente a inspiração teima em escapar pela culatra.
Surgiu esta dúvida...cabe agora pensar e escrever, escrever, escrever...

Fingindo não amar...

AOS ILUDIDOS DE PLANTÃO

Muitas pessoas utilizam da escrita, como ferramenta principal para colorir sua vida, expressar sentimentos, mostrar a realidade da sua alma.A sinceridade dói e é por estas razões que algumas pessoas perdem a oportunidade de criar situações menos constrangedoras.O que significa isto?Significa que muitas pessoas usam de sinceridade excessiva; quando se escreve algo para alguém,  procura-se colocar nas palavras aquilo que sentimos e que queremos.Quando enviamos uma resposta de e mail, normalmente somos sinceros e se a intimidade permitir, você acaba por colocar sua opinião e seus sentimentos ali.Ora, por que estou escrevendo isso?Porque quando respondemos um e mail, pensamos em ler a resposta do outro com a mesma desenvoltura, com a mesma sinceridade, com a mesma veracidade, com  intensidade de sentimentos despejados.Por outro lado, quando o receptor não está receptivo ou não tem opinião formada ao assunto compartilhado, passa a ignorar o que se recebeu e prefere ignorar o e mail, apenas enviando como resposta qualquer outro assunto que nada tem a ver.Compreendendo que nem todos tem o mesmo sentimento e o mesma opinião que você, seria melhor não se expor mais, aguardar um momento oportuno para expressar a veracidade de seus sentimentos.Fica aí um alerta para os iludidos de plantão, que colocam a alma na ponta dos dedos, na hora de se comunicar através da escrita.

ESSAS LÁGRIMAS

                                                        

                                                                              
                                                              Essas lágrimas nos olhos

Essa dor dentro do peito

Não tem jeito,só pode ser amor!

Foi assim,

Você surgiu de repente,

Com esse ar inocente,

Balançou meu coração,

E depois,

Me disse adeus, foi embora,

E então naquela hora

Desafinou minha canção!

Devolva-me,

É por favor que eu lhe peço,

As rimas dos meus versos,

Meus sonhos, minha paz,

Você foi,

Oásis do meu deserto,

Hoje meu rumo é incerto,

Que falta você me faz!

AC DE PAULA

poeta e compositor

HOJE, SEM DROGAS!

Hoje estou triste.
Sim, triste.
Primeiro, porque eu caí em mim.
Percebi o quanto eu estava enganada.
Segundo, porque eu estava com tanto medo de sofrer que acabei fazendo várias vezes, o mesmo pedido à Deus.
Em minhas orações, misturadas com lágrimas de dor, pedi insistentemente que Deus me atendesse.
Pedi com tanta força, com tanta vontade, com tanta dor, que Deus me atendeu.
Hoje consigo ficar longe daquele vício, daquela droga, daquele desejo infernal.
Hoje, ainda suspiro ao me lembrar de quanto era bom me drogar.
Hoje, vivo a base de anti-depressivos para superar e estou indo muito bem, obrigada.
Graças a Deus ainda acordo com a sensação que vou ter que lutar novamente contra essa obsessão, porém uma força dentro de mim, afasta qualquer possibilidade de voltar a ter essa droga novamente.
Lutei e ainda luto.
Não sei por quanto tempo resistirei.
Apenas vivo um dia de cada vez, tentando me afastar cada vez mais,  do desejo de AMAR VOCÊ...

V A Z I O

Quando o peito infla

De algo sem explicação

Por causa da expectativa

Que acontece sem razão

Você sente dor

Anseia de presença e atenção

Então a agulha da saudade

Entra no coração

Explodindo o choro

Sem conter emoção

Libertei-me

Cresce em meu peito a revolta

A crise dos anos perdidos

A decepção dos amores contidos...

Deixo de lado as lágrimas

Passo a viver a realidade

Passo um borracha

Na lembrança, na saudade

Resolvi esquecer o que passou

Mudar o rumo desta caminhada

Peguei um atalho, logo ali

Vou seguir por outra estrada

Tentar ser feliz agora

Antes que não dê tempo

Da última florada...