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Rosana

sexta-feira, 20 de maio de 2016

ESCREVI, RELI E JOGUEI FORA



Escrevi, reli e joguei fora.

Foi exatamente assim.
Escrevi tudo o que vinha em minha mente, em meu coração.
Botei pra fora toda aquela má água que estava me definhando como ser humano.
Tuas atitudes me deixaram sem ação, pois sabes desestruturar qualquer um.
Como eu disse bem alto e bom tom, adoraria te pegar pelos colarinhos e te bater, bater, bater, até esquecer o motivo de tanta truculência.
Um homem feito, com mais de meio século vivido, beirando o dito sexagenário ano de vida, ainda não aprendeu que NUNCA se deve gritar, responder mal, com quem quer que seja, apenas por não concordar com tuas afirmações.
Percebo que recebeu uma educação muito cheia de mimos e que mesmo com barbas e cabelos brancos ainda assim, teima em ser aquela criança mimada de que era antigamente .
Aprenda, meu caro, que dinheiro não é tudo, que ele acaba, que ele não brota no chão e que as pessoas ao seu redor vão se distanciar quando enxergarem o verdadeiro em ti.
O desprezo, a falta de tato te afasta de quem mais te ama (sequer que ainda existe amor).
Teu jeito amável com todos, os enganam e um dia a pele de cordeiro cairá e você se mostrará o lobo orgulhoso e prepotente que te toma.
O que eu mais esperava é que o tempo te trouxesse a razão e você pudesse mudar suas atitudes.
O tempo poderia te mostrar que eu também mudei e que não aceito o teu vergonhoso jeito de agir.
Infelizmente, suas ações são vistas somente por mim e sendo assim, lavo minhas mãos e deixo os dias passarem, pois não há mal que dure para sempre.
E eu?
Sigo em paz com minhas certezas...


P.S. 'Esta carta foi escrita e depois rasgada, picada e queimada, pois não adiantaria lhe entregar. Você sempre foi tão soberbo que iria pensar que o destinatário estava errado. '

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Precisamos de amor



O amor evidencia a beleza física e faz com que a alma transborde alegria.
Surge no peito e transpassa todo corpo, fazendo o caminhar mais suave e menos cansativo.
Precisamos nos apaixonar, precisamos amar, precisamos de carinho para que a vida fique mais leve.
Quem sabe o meu destino está há alguns passos da felicidade.
Basta se achegar, de mansinho, como na adolescência.
Tem que vir, passo a passo, enfeitando o caminho, até que as bocas se encontrem e faça festa na alma.
Quer viver bem?
Então comece a amar...

segunda-feira, 4 de abril de 2016

A LIÇÃO DA BORBOLETA



A LIÇÃO DA BORBOLETA
Rosana Carneiro – São Paulo

O vento, naquela manhã de outono soprava frio.
Minhas asas ainda estavam amarrotadas conta do casulo apertado e protetor.
O sol queria despontar, mas o vento empurrava aquelas nuvens para cobrir o calor que ele queria transmitir.
A moça na janela assistia e contemplava a natureza com um leve sorriso nos lábios, cantarolando uma canção do passado, que lhe remetia recordações ternas de manhãs calmas e tranquilas como aquela.
Eu, naquele meu torpor, queria sair. Devagar esticava como podia, sem pressa, aquelas que me dariam a graça de sobrevoar o tempo e o espaço que descortinava naquele mundo novo e tranquilo que rodeava minha vida.
Suspirei e tentei me acalmar. Afinal, renascer não era fácil.
Adormecer profundamente, por um longo período, fez-me querer alçar voos mais e mais altos.
Um raio de luz cintilante cobriu uma das asas, como se Deus despejasse ali um bálsamo e então pude esticar totalmente uma de minhas asas.
Doeu.
Doeu porque  aquele costume de ficar encolhida teve que desaparecer.
 Eu tinha que ter forças e ânimo para recomeçar a viver novamente.Um longo período dentro de um mundo sem grandes perspectivas era confortável, pois eu não teria que me esforçar pra nada.
O vento forte do outono, rachou o casulo em que eu adormecia e eu precisei sair daquele comodismo e enfim, voar para a vida.
Não era fácil passar por transformações assim, tão radicais.
O mundo desconhecido, porém belo e atrativo, me convidava a sobrevoar e encontrar fontes de energia, equilíbrio, paz...
Forcei mais um pouquinho, enquanto a moça preparava o café.
Aquele aroma doce invadiu o ar e eu suspirei forte. Mais um pouquinho e a outra asa se esticaria.
E eu não tive medo. Forcei.
Consegui me livrar de mais um pouco e o vento balançou mais uma vez as folhas e os galhos e eu vi como era importante tentar.
Fiz força. Fechei os olhos. Respirei fundo e com todas as forças que Deus me deu, me livrei daquilo que me fazia sufocar.
A moça voltou à janela com a xícara na mão e me olhou.
Eu fiquei com medo, porém tive forças de encarar o mundo que me esperava e ergui as asas.
Sacudi devagar e pronto. Estava pronta para voar.
A moça sorria, admirada, feliz.
Eu me senti confiante e num impulso, saltei para a vida e fui viver cada minuto como se fosse a última vez que voaria.
A moça?
A moça olhou para o céu e disse: Obrigada Senhor! Esta borboleta foi forte e conseguiu voar e sair pelo mundo. Se uma borboleta consegue, por que eu não conseguiria? 
Assim ela se sentiu borboleta e também voou.


sexta-feira, 18 de março de 2016

Posso entrar?



Peço licença ao vento
Ao Sol, à chuva, ao céu
Peço licença ao sorriso
Ao  choro, à  lágrima, à esperança
Todos autorizaram : Pode entrar amor...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

MEU SOL



E recordando o passado, virando 
cada página daquele álbum de lembranças, vem
 de repente, num solavanco, num lampejo, a vontade de ter você novamente 
em meus braços.
O sol brilhou devagar, iluminando aos poucos minha alma e  fez ressurgir o amor que estava ali, escondido,
numa curva do meu coração. 

quinta-feira, 7 de maio de 2015

TRISTE FIM


Era uma tarde fria de outono, quando aquela folha despencou daquela árvore que, isolada, enfeitava aquela rua triste e silenciosa. 
A folha caiu levemente, levada pelo vento, indo de um lado para o outro, até alcançar o solo.
Ao tocar aquele chão frio e seco, empoeirado, a folha repousou levemente a espera de outro vento, que a levasse para perto de algo mais compatível com seu interesse.
Ali, inerte, ficou ela por horas, até que veio a noite, o sereno e o brilho da lua.
Tudo era frio, sem sonhos.
A brisa da manhã chegaria e a levaria, se desse, para outro chão, para outro lugar onde ela poderia sonhar mesmo que por mais um instante.
Seu fim estava próximo. Ela sabia.
Apenas tinha aquele imenso desejo de sonhar apenas mais uma vez.
E ali ficou, naquele chão frio, seco, empoeirado, naquela rua triste e silenciosa, naquele mundo..


quarta-feira, 29 de abril de 2015

Mamãe



Mãe
Menina que aprende ser mulher
Mulher que aprende  ser deusa
Deusa que carrega no peito
Amor silencioso enquanto pode
Amor escandaloso quando precisa
Amor sofrido quando não pode.
Mãe
Sereno da madrugada
Brisa da manhã
Chuva na terra seca
Sol que nutre e aquece
Alimento para alma cansada
Colo para todos os anjos
Proteção para os desgarrados
Abraço que agradece
Sorriso que perdoa
Olhos de amor
Mãe
A presença dos dedos de Deus...


BUSCANDO


Apenas buscando




Indo ao mercado da ironia da vida, buscar ilusões, já que a realidade me obriga .

Procurar no topo da montanha de esperança, a satisfação de fincar a bandeira da paz e da justiça, perdidas no caminho.

Me alimentar de um breve perfume de brisa, já que o vendaval de desilusões destruiu minha plantação de amor...

Tudo conforme o esperado, nada combinado.
Apenas buscando ilusões na prateleira do mercado da ironia da vida.

PARA AMAR O AMOR...

PARA AMAR O AMOR...


Ah, o amor!
Como não amar ?
Mesmo que traga a dor
Mesmo que faça chorar...

Ah, o amor!
Lágrima que correu por causa da saudade
Tristeza que aconteceu por falta da liberdade
Sonhos que trouxeram esperança em flor...

Ah, o amor!
Caixa de segredos alados
Gritos de prazer abafados
Sonhos mais que realizados
Mãos que procuram a segurança
Pés que demarcam a estrada
Pele que deseja toque, carinho
Abraços envolventes me tornam alada
Frenesi de sonhos, frisson na alma
Delírio e realidade na fantasia 
Devaneios e músicas para encantar


Ah, amor, vem me buscar...

AGORA É TARDE!


Agora não importa mais...

Não importa se você é ou foi apaixonado por quer quem seja
Não importa, se ao dormir, você sonha com ''aquela mulher''
Não importa se seus braços abraçam ou abraçaram um corpo, dois ou três
Nada disso me importa
Apenas me importo comigo, com o que eu sinto, com o que eu penso.
Foram anos e anos de sofrimento  e não vai ser agora que eu vou querer mudar o meu destino, já que a idade chegou, a pele não é mais viçosa, os cabelos ganharam outro volume, o corpo também.
Não tenho mais chance em querer que me amem como eu um dia amei.
Eu queria sim, ser amada e por causa disso paguei um preço alto de uma vida inteira de dedicação, esquecendo que eu também tinha o direito de ser feliz.
Hoje já é tarde.
Não dá mais para cobrar nada da vida.
Desisto.
Desisto de querer ser feliz a dois.
Agora serei feliz sozinha, sem grandes esperanças.
Apenas tentando seguir o caminho que me resta a passos largos, porque tenho pressa.

Pressa de ao menos sorrir enquanto tenho dentes...