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Rosana

quinta-feira, 7 de maio de 2015

TRISTE FIM


Era uma tarde fria de outono, quando aquela folha despencou daquela árvore que, isolada, enfeitava aquela rua triste e silenciosa. 
A folha caiu levemente, levada pelo vento, indo de um lado para o outro, até alcançar o solo.
Ao tocar aquele chão frio e seco, empoeirado, a folha repousou levemente a espera de outro vento, que a levasse para perto de algo mais compatível com seu interesse.
Ali, inerte, ficou ela por horas, até que veio a noite, o sereno e o brilho da lua.
Tudo era frio, sem sonhos.
A brisa da manhã chegaria e a levaria, se desse, para outro chão, para outro lugar onde ela poderia sonhar mesmo que por mais um instante.
Seu fim estava próximo. Ela sabia.
Apenas tinha aquele imenso desejo de sonhar apenas mais uma vez.
E ali ficou, naquele chão frio, seco, empoeirado, naquela rua triste e silenciosa, naquele mundo..