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Se quiser postar poemas, aceito...agradeço...
Um abraço
Rosana

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Procurando a vida!



O final do ano está chegando e eu comecei a querer achar o meu início.
Sim... como acabar sem ter começado?
É complicado terminar algo que não consigo começar.
Iniciei algumas vezes, porém nunca cheguei ao fim.
Quero começar, RECOMEÇAR.
QUERO E POSSO.
Vou iniciar a vida, vou renascer.
Preciso de ar, de sol, de luz, de vida!
Cada partícula de luz, seja em forma de alimento, de oxigênio, de bençãos, de energia que existe , serão adquiridas com a maior força, a maior dependência, a maior concentração que já existiu.
Vou viver cada milésimo de segundo, aproveitando cada centígrado de luz.
Chegou o momento. Estou pronta.
Pode vir, seres de luz, encantar minha vida e me ajudar a vencer todos os obstáculos e só me darei por vencida quando o amor divino, espiritual, carnal e humano estiverem em sintonia comigo e com o Universo.
Estou pronta para seguir.
RECOMEÇANDO!
TRÊS
DOIS
UM
...

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

MEU PAI

MEU PAI

Há muitos e muitos anos atrás eu conheci um homem sério, muito sério.
Não me lembro dele sorrindo.
Ele só falava o necessário.
Chegava tarde, saia cedo.
Eu cresci e percebi que a cada passo que eu dava, ele se distanciava ainda mais e isso me fazia pensar...
O tempo passou, eu vi aquele homem sério se transformar.
Um dia, ele caiu e quebrou o braço.
Depois desse dia ele precisou ficar em casa, sem poder trabalhar, sem dirigir, sem sair.
Esse homem se transformou.
Ele primeiro se escondeu dentro de si, fazendo-se de forte e ainda sisudo.
Hoje, sem nunca mais dirigir, sem nunca mais sair e sem nunca mais trabalhar, esse homem sorriu, brincou, fez gracinhas, se mostrou como ele realmente é.
Hoje, com quase 83 anos, esse homem se mostrou frágil, dependente, carinhoso, amoroso, verdadeiro.
Apesar de portador de Alzheimer, doença maldita que só percebemos por causa do braço quebrado, onde precisou ficar em casa e mostrar mesmo o que acontecia com sua saúde.
Deus preparou sua queda para que ele ficasse em casa e a família percebesse o que estava acontecendo com ele. A falta de memória atual, a maneira como andava, como comia, como dormia, como se portava, fez com que a família percebesse o Mal de Alzheimer e tomasse as devidas providências.
Hoje a doença está controlada, não avançou muito e o MEU PAI, apesar de ter passado boa parte longe, hoje está muito presente, se sentindo o homem mais bonito do mundo.
Meu pai, meu amor...
Joel e Dude

sexta-feira, 20 de maio de 2016

ESCREVI, RELI E JOGUEI FORA



Escrevi, reli e joguei fora.

Foi exatamente assim.
Escrevi tudo o que vinha em minha mente, em meu coração.
Botei pra fora toda aquela má água que estava me definhando como ser humano.
Tuas atitudes me deixaram sem ação, pois sabes desestruturar qualquer um.
Como eu disse bem alto e bom tom, adoraria te pegar pelos colarinhos e te bater, bater, bater, até esquecer o motivo de tanta truculência.
Um homem feito, com mais de meio século vivido, beirando o dito sexagenário ano de vida, ainda não aprendeu que NUNCA se deve gritar, responder mal, com quem quer que seja, apenas por não concordar com tuas afirmações.
Percebo que recebeu uma educação muito cheia de mimos e que mesmo com barbas e cabelos brancos ainda assim, teima em ser aquela criança mimada de que era antigamente .
Aprenda, meu caro, que dinheiro não é tudo, que ele acaba, que ele não brota no chão e que as pessoas ao seu redor vão se distanciar quando enxergarem o verdadeiro em ti.
O desprezo, a falta de tato te afasta de quem mais te ama (sequer que ainda existe amor).
Teu jeito amável com todos, os enganam e um dia a pele de cordeiro cairá e você se mostrará o lobo orgulhoso e prepotente que te toma.
O que eu mais esperava é que o tempo te trouxesse a razão e você pudesse mudar suas atitudes.
O tempo poderia te mostrar que eu também mudei e que não aceito o teu vergonhoso jeito de agir.
Infelizmente, suas ações são vistas somente por mim e sendo assim, lavo minhas mãos e deixo os dias passarem, pois não há mal que dure para sempre.
E eu?
Sigo em paz com minhas certezas...


P.S. 'Esta carta foi escrita e depois rasgada, picada e queimada, pois não adiantaria lhe entregar. Você sempre foi tão soberbo que iria pensar que o destinatário estava errado. '

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Precisamos de amor



O amor evidencia a beleza física e faz com que a alma transborde alegria.
Surge no peito e transpassa todo corpo, fazendo o caminhar mais suave e menos cansativo.
Precisamos nos apaixonar, precisamos amar, precisamos de carinho para que a vida fique mais leve.
Quem sabe o meu destino está há alguns passos da felicidade.
Basta se achegar, de mansinho, como na adolescência.
Tem que vir, passo a passo, enfeitando o caminho, até que as bocas se encontrem e faça festa na alma.
Quer viver bem?
Então comece a amar...

segunda-feira, 4 de abril de 2016

A LIÇÃO DA BORBOLETA



A LIÇÃO DA BORBOLETA
Rosana Carneiro – São Paulo

O vento, naquela manhã de outono soprava frio.
Minhas asas ainda estavam amarrotadas conta do casulo apertado e protetor.
O sol queria despontar, mas o vento empurrava aquelas nuvens para cobrir o calor que ele queria transmitir.
A moça na janela assistia e contemplava a natureza com um leve sorriso nos lábios, cantarolando uma canção do passado, que lhe remetia recordações ternas de manhãs calmas e tranquilas como aquela.
Eu, naquele meu torpor, queria sair. Devagar esticava como podia, sem pressa, aquelas que me dariam a graça de sobrevoar o tempo e o espaço que descortinava naquele mundo novo e tranquilo que rodeava minha vida.
Suspirei e tentei me acalmar. Afinal, renascer não era fácil.
Adormecer profundamente, por um longo período, fez-me querer alçar voos mais e mais altos.
Um raio de luz cintilante cobriu uma das asas, como se Deus despejasse ali um bálsamo e então pude esticar totalmente uma de minhas asas.
Doeu.
Doeu porque  aquele costume de ficar encolhida teve que desaparecer.
 Eu tinha que ter forças e ânimo para recomeçar a viver novamente.Um longo período dentro de um mundo sem grandes perspectivas era confortável, pois eu não teria que me esforçar pra nada.
O vento forte do outono, rachou o casulo em que eu adormecia e eu precisei sair daquele comodismo e enfim, voar para a vida.
Não era fácil passar por transformações assim, tão radicais.
O mundo desconhecido, porém belo e atrativo, me convidava a sobrevoar e encontrar fontes de energia, equilíbrio, paz...
Forcei mais um pouquinho, enquanto a moça preparava o café.
Aquele aroma doce invadiu o ar e eu suspirei forte. Mais um pouquinho e a outra asa se esticaria.
E eu não tive medo. Forcei.
Consegui me livrar de mais um pouco e o vento balançou mais uma vez as folhas e os galhos e eu vi como era importante tentar.
Fiz força. Fechei os olhos. Respirei fundo e com todas as forças que Deus me deu, me livrei daquilo que me fazia sufocar.
A moça voltou à janela com a xícara na mão e me olhou.
Eu fiquei com medo, porém tive forças de encarar o mundo que me esperava e ergui as asas.
Sacudi devagar e pronto. Estava pronta para voar.
A moça sorria, admirada, feliz.
Eu me senti confiante e num impulso, saltei para a vida e fui viver cada minuto como se fosse a última vez que voaria.
A moça?
A moça olhou para o céu e disse: Obrigada Senhor! Esta borboleta foi forte e conseguiu voar e sair pelo mundo. Se uma borboleta consegue, por que eu não conseguiria? 
Assim ela se sentiu borboleta e também voou.


sexta-feira, 18 de março de 2016

Posso entrar?



Peço licença ao vento
Ao Sol, à chuva, ao céu
Peço licença ao sorriso
Ao  choro, à  lágrima, à esperança
Todos autorizaram : Pode entrar amor...