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Rosana

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Somos mortais



Sabe, as pessoas, meros mortais,
 se esquecem que a gentileza ainda é uma das grandes armas para a paz.
Se esquecem da retribuição do carinho que 
recebem, se esquecem que ser amigo não é
 só curtir fotos no Facebook, ou mandar um'' oi ''de vez em quando.
Estar presente na vida das pessoas, seja por
 amizade, por amor, por 
compromisso, faz existir laços, 
sejam eles estreitos ou não.

Quem faz uma vez e há perdão, depois faz de novo 
e o perdão refaz, só que tem hora que o perdão
 vira rotina e o sentimento
 de fraternidade, de amizade, de lealdade
 que havia, acaba se transformando 
em nada...apenas 
uma amizade fria, sem o 
amor que 
antes a 
envolvia.

Aconteceu também em abril...( Regina Mendonça )



Por incrível que pareça, o mês de abril sempre foi alvo de olhares internos para esta mulher que lhes escreve.
Sim, porque sempre em abril eu preciso refletir sobre coisas que teimam em me perseguir.
Enfim, foi numa tarde de abril que eu descobri que nada é para sempre, mesmo que você tenha resolvido que seria.
Foi numa tarde de abril que o inferno penetrou pela vida adentro e deixou tudo fora do lugar.
Neste dia, o céu caiu, o chão se abriu e todos os planos começaram a desmoronar.
A confiança antes concedida acabara de se perder junto de tantas incógnitas.
O pior é que quando você planeja algo, você visualiza, você vive antes, você tem certeza que acontecerá.
Pois bem, não foi nada disso.
Pessoas próximas tem o direito de te fazer infeliz?
Pode haver estima, amizade, cumplicidade numa relação onde sempre imperou o machismo e a submissa?
Claro que não! Porém aquela educação que recebemos quando criança e adolescente rege que devemos perdoar, dar a outra face, deixar pra lá as suas vontades e seus argumentos para evitar complicações e foi assim que sempre agi. Nunca importei comigo. Nunca me impus.
Foi quando aquelas mensagens no celular foi pulando como facas por cima dos meus olhos.
Eu juro, não acreditei.
Claro que seria impossível alguém com quem você tem uma convivência de mais de 35 anos, te trair assim.
Digo assim, porque as mensagens não tinham nada comprometedor, se não tivessem sido apagadas.
Sim, ele apagou  e eu só vi porque sem querer cliquei num botão que nem sabia que existia naquele celular. Era pra lá que tudo o que fosse apagado, ia.
Perguntei do que se tratava aquilo tudo e a resposta foi: não sei, não vi, não conheço.
Aquilo caiu como uma luva para as submissas de plantão. É claro que não acreditei.
Impossível algo chegar no meu telefone, eu apagar e não saber quem enviou ou do que se trata.
Fiquei esperando mais uns dias para ver novamente e lá estavam mais mensagens sem comprometimento algum, porém apagadas.
O mais estranho é que as respostas sempre eram as mesmas: Não sei, não vi, não conheço.
Sendo assim, a dor da dúvida persiste, onde aquela chama que eu tentei reacender no outono, agora acabou de se apagar.
Em abril, iria se iniciar um novo ciclo, em abril iria reacender a chama da vida em nossas vidas. Eu tinha planos, porém agora eu tenho uma dor tão grande, tão forte, que não passa de jeito nenhum.
Escrevo para aliviar a alma e ver se algum anjo envia uma palavra de alento para lambuzar minha alma de ternura e deixar a minha dor mais leve.
Obrigada por me ler.
Regina Mendonça
Escritora e Poetisa.
04/2017